Por: Arsepis Cyro Assumpção
Pode-se comparar a vida humana perfeita a uma grande ópera, cuja as partes principais estejam a cargo de um órgão e de um quarteto vocal.
O corpo é o BAIXO, a mente é o TENOR, o coração é o CONTRALTO e a alma é o SOPRANO.
O Órgão representa o Círculo Social, o Organista representa a Civilização e o Maestro é representado pelo Espírito Universal.
É função do Órgão acompanhar, não dirigir; e quando permitimos as forças exteriores manifestarem-se numa sinfonia estranha, caprichosa, o resultado é uma miscelânea de sons confusos e discordantes.
A única razão da nossa Infelicidade é a nossa incapacidade de fazer calar o mundo quando desejamos prestar ouvidos à nossa voz interior.
A melodia da via, qualquer que seja ela foi ideada para a regência da ALMA, e sempre que a MENTE, o CORAÇÃO ou o CORPO, toma o lugar da ALMA, destrói-se a harmonia e a música não é mais música.
O problema da felicidade é o problema do adestramento da Mente, do Coração e do Corpo, na vibração uníssona com a ALMA, para solicitar mais tarde ao MUNDO o seu acompanhamento à canção que a cada um de nós deu o Céu para cantar.
Temos, por conseguinte, em primeiro lugar, que tornar essas quatro vozes tão claras, vigorosas e belas, quanto nos seja possível fazer.
Nos restará depois disto ajustá-las apenas. E é este ajuste harmonioso de todos os nossos poderes, fazendo salientar na maior perfeição a nota de expressão individual, que se chama FELICIDADE.
Jornal Filhos do Sol | Ano22 | Nº136
Outubro a Dezembro de 1967
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